Gerenciar a saúde financeira de uma empresa vai muito além de controlar as receitas e despesas do dia a dia. Um aspecto essencial, mas muitas vezes negligenciado, é a formação de um fundo de reserva. Esse recurso, quando bem estruturado, pode ser a chave para garantir a continuidade do negócio em momentos de crise ou imprevistos. Empresários e diretores financeiros precisam entender a importância de preparar suas empresas para os desafios do mercado, que podem surgir de uma hora para outra.
Um fundo de reserva é uma quantia de dinheiro guardada especificamente para cobrir despesas inesperadas ou situações imprevistas. Em momentos de crise, como uma queda repentina nas vendas, aumento de custos ou mesmo uma situação como a pandemia de COVID-19, ter uma reserva financeira pode ser a diferença entre a sobrevivência ou a falência do negócio.
Segundo dados do IBGE, 22% das pequenas empresas brasileiras fecham as portas nos primeiros 2 anos de operação. Isso, muitas vezes, ocorre por falta de um planejamento financeiro adequado. Ao criar um fundo de reserva, a empresa consegue navegar com mais tranquilidade durante esses períodos desafiadores.
O fundo de reserva deve ser acionado somente em situações emergenciais, como crises econômicas, dificuldades de fluxo de caixa ou imprevistos operacionais, como falhas no fornecimento de produtos ou serviços essenciais. Por exemplo, se uma empresa enfrenta uma queda significativa nas vendas, o fundo pode ser utilizado para cobrir a folha de pagamento até que a situação se estabilize.
Uma dica importante para empresários é definir critérios claros para quando o fundo deve ser utilizado. Isso ajuda a evitar gastos desnecessários e garante que o fundo seja usado de forma estratégica e não impulsiva.
A primeira etapa para estruturar um fundo de reserva eficaz é calcular quanto a empresa deve guardar. Uma recomendação comum é manter de 3 a 6 meses de despesas operacionais, incluindo salários, aluguel e fornecedores. No entanto, isso pode variar de acordo com o setor e a vulnerabilidade do negócio a crises externas.
Além disso, é importante que o fundo de reserva esteja aplicado de forma que garanta acessibilidade, mas também rentabilidade. Investimentos conservadores, como CDBs de liquidez diária, podem ser uma boa opção. A chave é balancear segurança e rentabilidade, garantindo que o recurso esteja disponível rapidamente quando necessário.
Empresas com um fundo de reserva estruturado também ganham mais confiança junto a instituições financeiras. A capacidade de lidar com imprevistos e manter a operação funcionando sem recorrer a empréstimos emergenciais é vista como um sinal de saúde financeira. Isso pode resultar em melhores condições de crédito no futuro, permitindo que a empresa acesse capital com juros mais baixos e prazos mais vantajosos.
A formação de um fundo de reserva não é apenas uma prática financeira sensata, mas uma estratégia de longo prazo para garantir a estabilidade do negócio em tempos de adversidade. Empresários e diretores financeiros devem considerar este fundo como uma prioridade, planejando de forma eficiente e aplicando recursos que possam ser acessados rapidamente quando surgir a necessidade. Além disso, essa estratégia fortalece a relação com instituições financeiras, potencializando as chances de sucesso no futuro. Ao estruturar o fundo de reserva de forma adequada, a empresa se coloca em uma posição mais sólida e resiliente, pronta para enfrentar as flutuações do mercado.
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