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Os portais bancários desempenham um papel fundamental na interação entre clientes e instituições financeiras, mas são frequentemente criticados pela má experiência de uso. Esse problema decorre de uma combinação de desafios técnicos, estruturais e estratégicos, que comprometem a funcionalidade, a eficiência e a acessibilidade dessas plataformas.

Um dos fatores mais relevantes é o uso de sistemas legados. Muitos bancos dependem de infraestruturas tecnológicas desenvolvidas há décadas, que foram criadas com foco na funcionalidade básica e não na experiência do usuário. Essas plataformas frequentemente utilizam linguagens obsoletas e arquiteturas rígidas, dificultando a implementação de atualizações ou integração com tecnologias modernas. A substituição completa desses sistemas envolve altos custos e riscos operacionais, o que leva muitas instituições a optarem por soluções paliativas, que não resolvem os problemas de forma eficaz.

As falhas de design e arquitetura da informação também contribuem para a má percepção dos portais. Muitos apresentam interfaces desorganizadas, excesso de informações em telas únicas e navegação confusa. Além disso, a falta de padronização entre os diferentes canais digitais, como aplicativos e sites, cria inconsistências que prejudicam a adaptação dos usuários. Isso é especialmente problemático em um contexto em que o público utiliza diversos dispositivos, cada um com características específicas.

A subestimação do comportamento do usuário é outro ponto crítico. Muitos bancos desenvolvem suas plataformas sem considerar as necessidades reais dos clientes. Testes de usabilidade são insuficientes ou inexistentes, e o feedback do público muitas vezes não é incorporado ao processo de melhoria contínua. Isso resulta em funcionalidades que não resolvem problemas práticos, aumentando a frustração dos usuários.

Por fim, a lentidão na adoção de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e automação de processos, coloca os bancos tradicionais em desvantagem frente às fintechs, que investem pesadamente em soluções inovadoras. Essas empresas menores e mais ágeis entregam experiências mais fluidas e personalizadas, criando um padrão de qualidade que os portais bancários tradicionais frequentemente não conseguem atingir.

Superar esses desafios requer ações coordenadas. Os bancos precisam modernizar suas infraestruturas, adotar metodologias ágeis de desenvolvimento e investir em equipes multidisciplinares especializadas em experiência do usuário. É necessário equilibrar segurança e usabilidade, introduzindo mecanismos que garantam proteção sem comprometer a fluidez das interações. Além disso, a integração de feedbacks contínuos e o uso de dados para personalizar a experiência podem transformar portais em ferramentas mais eficazes. Com esses avanços, os bancos têm a oportunidade de elevar o padrão de suas plataformas digitais, alinhando-se às expectativas de um público cada vez mais exigente e digitalmente integrado.

 

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