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No cenário global e especialmente no Brasil, vivemos uma mudança estrutural profunda em que corporações que historicamente atuavam como clientes ou concorrentes do sistema financeiro passaram a enxergar nas fintechs aliadas estratégicas capazes de acelerar inovação e ampliar escala. A proposta de valor é clara: as empresas detectam lacunas em crédito, pagamentos, gestão de risco, faturamento e automação de fluxo que fintechs estão bem-posicionadas para resolver com velocidade, enquanto oferecem às próprias fintechs acesso a recursos, clientes e legitimidade regulatória que crescer sozinha seria custoso.

Para as corporações, a atração principal está em acelerar a digitalização e modernizar processos sem partir do zero. Instituições com estrutura estabelecida, redes de fornecedores, bases consolidadas de clientes, compliance robusto e capital podem se beneficiar ao integrar soluções modulares oferecidas por fintechs, como antecipação automática de recebíveis, crédito sob demanda para parceiros, gestão de despesas, plataformas de open banking e serviços de conciliação financeira.

Do lado das fintechs, a vantagem está em escalabilidade, acesso a dados, distribuição e contratos de grande porte. Essa cooperação, porém, exige governança afinada. As fintechs precisam atender exigências regulatórias, certificações, auditorias de segurança e conformidade que normalmente já são rotina em grandes empresas. Processos de due diligence, alinhamento de cultura e estrutura de governança comuns são essenciais para que a parceria funcione sem rupturas

O mercado fintech brasileiro atingiu cerca de 4,73 bilhões de dólares em 2024, com projeção para alcançar 17,58 bilhões até 2033, segundo estudos recentes, e já são centenas de empresas atuantes em crédito, pagamentos, open banking e gestão financeira corporativa. O ecossistema latino-americano cresceu mais de 340% entre 2017 e 2023, sendo que Brasil, México e Colômbia respondem por mais da metade das startups do setor, e no mercado local o modelo B2B já é dominante em mais de 80% das fintechs, o que estimula a colaboração com corporações estabelecidas.

O futuro dessas parcerias é orientado por fatores como adoção de APIs e open banking, uso de inteligência artificial para análise de dados e modelos de crédito personalizados, desenvolvimento de plataformas de embedded finance que permitem a oferta direta de serviços financeiros dentro de ecossistemas corporativos e maior clareza regulatória que reduz inseguranças jurídicas. Os desafios, contudo, não são menores. A compatibilidade cultural entre corporações e fintechs nem sempre é trivial, já que empresas consolidadas tendem a rotinas mais lentas enquanto fintechs operam com agilidade e risco. Isso exige patrocínio interno, flexibilidade de governança e contratos que compartilhem ganhos. Outro ponto crítico é a qualidade e segurança dos dados, já que a integração exige protocolos robustos de proteção e auditoria. Há ainda o risco de sobreposição de receitas, o que demanda equilíbrio estratégico.

Se bem estruturadas, as parcerias entre corporações e fintechs têm potencial de redefinir o ecossistema financeiro corporativo. Elas permitem que empresas acessem crédito sob demanda, ofertem serviços financeiros a clientes e fornecedores, otimizem fluxo de caixa e integrem soluções ao seu core business. Em vez de depender exclusivamente de instituições externas como bancos tradicionais, as corporações poderão assumir papel protagonista em sua própria arquitetura financeira, com as fintechs como parceiras estratégicas.

Essa dinâmica cria um ambiente híbrido em que setores como comércio, indústria, telecom e infraestrutura passam a desenvolver soluções sob medida em conjunto com fintechs, combinando a solidez e a escala das grandes empresas com a tecnologia e a agilidade das startups financeiras.

Sellor

Com atuação voltada para o crédito corporativo e a avaliação precisa de risco, a Sellor oferece às empresas soluções que integram tecnologia, dados e conformidade regulatória, permitindo antecipar recebíveis, estruturar fluxos financeiros e apoiar decisões com base em analytics.

Em um ambiente onde velocidade e segurança caminham juntas, a Sellor traduz o melhor dos dois mundos: a agilidade das fintechs e a confiabilidade das instituições tradicionais criando pontes estratégicas para que corporações cresçam com autonomia financeira e previsibilidade.