A desaceleração moderada da economia brasileira, aliada a uma nova fase regulatória para fintechs, coloca empresas em alerta especialmente aquelas que dependem de crédito e inovação para crescer. Em meio a esse contexto, surgem oportunidades para quem sabe antecipar riscos, estruturar operações digitais e operar com solidez.
No último boletim Focus, analistas revisaram para baixo as previsões de inflação e câmbio para 2025, refletindo maior otimismo com estabilidade monetária. A projeção para o IPCA recuou de 4,81 % para 4,80 %, ao passo que o dólar estimado para o fim do ano caiu de R$ 5,48 para R$ 5,45. Esse movimento sinaliza que o mercado acredita em menor pressão inflacionária, desde que riscos externos e domésticos sejam bem geridos.
Por outro lado, o Banco Central anunciou medidas emergenciais para reforçar a segurança e a regulação do sistema de pagamentos, com impacto direto sobre fintechs e prestadores de tecnologia. Entre as ações, destaca-se a criação de um teto de R$ 15 mil por transação via Pix e TED para instituições conectadas via prestadores não autorizados ou PSTIs (Prestadores de Serviços de TI). Também foram antecipadas exigências de capital mínimo, auditoria e supervisão regulatória para essas entidades. Adicionalmente, o BC passará a bloquear chaves Pix identificadas como usadas em fraudes, reforçando a confiabilidade do sistema.
Essa regulação mais rígida exige das fintechs e empresas que atuam no ecossistema financeiro uma postura mais robusta quanto a compliance, governança e tecnologia. Para aquelas que adotam uma visão de longo prazo, há uma janela para firmar credibilidade, agir com previsibilidade e construir parcerias estruturadas.
Enquanto isso, os bancos brasileiros intensificam investimentos em inovação para se manterem competitivos. Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, o orçamento destinado à tecnologia deve alcançar R$ 47,8 bilhões um aumento de 13 % em relação a 2024. A pesquisa prevê crescimento de 61 % nos aportes em IA, Analytics e Big Data, e de 59 % na migração para a nuvem. Projetos regulatórios também são foco: os investimentos em Open Finance crescerão 65 %, e os relativos ao Pix, 48 %. Mais de 80 % dos bancos já utilizariam IA generativa em suas operações, com ganhos de eficiência e insights.
Paralelamente, o agronegócio mostra sinais de deterioração financeira que exigem atenção. No segundo trimestre de 2025, os pedidos de recuperação judicial no setor cresceram 31,7 %, totalizando 565 casos, segundo a Serasa Experian. O dado ganha relevância porque foi a primeira vez em que produtores rurais cadastrados como pessoa jurídica superaram os de pessoa física nos pedidos. Tal mudança de perfil evidencia que até entidades robustas na cadeia agro enfrentam desafios de caixa, crédito e endividamento em ambientes mais voláteis.
Sob essas tensões, empresas que dependem de crédito ou que operam no ecossistema financeiro corporativo devem agir com estratégia e proatividade. Por exemplo, fintechs em processo de expansão precisam revisar seus modelos frente aos novos limites do Pix e exigências regulatórias. Bancos parceiros e empresas de crédito podem alinhar protocolos de segurança e adoção de IA para oferecerem soluções mais personalizadas e confiáveis. No agronegócio, é hora de reforçar a gestão financeira, buscar renegociações estruturais e antecipar cenários adversos.
Para quem busca ambição sem medo, o momento exige equilíbrio entre ousadia e disciplina. Projetar a empresa para crescer implica construir bases sólidas: governança, compliance, processos tecnológicos robustos e parcerias estratégicas. Em um ambiente econômico onde o câmbio e a inflação já receberam ajustes para baixo, a verdadeira vantagem estará na capacidade de adaptação ágil e segura frente às novas regras.
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