O mercado de crédito para pessoas jurídicas (PJ) no Brasil está atravessando uma fase de transformação acelerada, impulsionada por uma combinação poderosa de fatores: mudanças regulatórias, evolução tecnológica, novas integrações entre instituições financeiras e um ambiente macroeconômico mais propício ao crescimento. Neste cenário em movimento, as empresas que atuam nesse segmento têm a chance de se reposicionar, modernizar seus processos e ganhar vantagem competitiva em um mercado cada vez mais dinâmico e digital.
Um dos movimentos mais significativos é a consulta pública lançada pelo Banco Central do Brasil, com foco na revisão das normas aplicáveis às fintechs de crédito, especialmente às Sociedades de Crédito Direto (SCDs) e Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEPs). O objetivo é claro: ampliar o acesso ao crédito para empresas, fortalecer a concorrência e garantir mais segurança e transparência no ambiente financeiro.
“Queremos garantir um ambiente competitivo, seguro e inovador”, afirmou Otávio Damaso, diretor de Regulação do BC.
Com a possível ampliação dos limites operacionais dessas instituições, a expectativa é de que mais empresas possam acessar linhas de crédito adaptadas à sua realidade, especialmente pequenos e médios negócios que enfrentam barreiras no sistema tradicional.
O atual momento também é marcado por uma crescente aproximação entre bancos tradicionais e fintechs. Essa integração está impulsionando a criação de ecossistemas financeiros digitais, que oferecem soluções mais completas e acessíveis para o público PJ. Plataformas integradas de gestão de cobranças, Pix automático, ferramentas de antecipação de recebíveis e conexões com sistemas ERP estão modernizando a rotina financeira das empresas e, ao mesmo tempo, tornando o crédito mais fluido, digital e adaptado às necessidades do mercado. Outro destaque é a rápida expansão do Open Finance, que superou a marca de 50 milhões de usuários no Brasil, dos quais 12 milhões são empresas. A adesão tem sido expressiva: só no último trimestre, o compartilhamento de dados cresceu 30%. Esse avanço fortalece a personalização de ofertas de crédito e aumenta a competitividade entre instituições, criando um ambiente onde o cliente PJ tem mais poder de escolha e acesso a produtos financeiros ajustados ao seu perfil e momento de negócio.
“O Open Finance democratiza o acesso ao crédito e inova o mercado financeiro”, afirmou Isaac Sidney, presidente da Febraban.
A solidez desse movimento se reflete também no desempenho da economia nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2025, com destaque para o setor de serviços financeiros, que teve papel central nesse avanço. Segmentos como crédito, seguros e tecnologia financeira têm se mostrado resilientes, mesmo diante de desafios globais, como a manutenção das taxas de juros nos EUA e a instabilidade em algumas economias desenvolvidas. No Brasil, o contexto é mais positivo: digitalização em alta, expansão de soluções financeiras inovadoras e um olhar mais atento à inclusão produtiva de micro e pequenas empresas.
O mercado de fusões e aquisições (M&A) também acompanhou essa movimentação. Nos quatro primeiros meses de 2025, o setor registrou R$ 8,5 bilhões em transações, reforçando o apetite das empresas por inovação, escala e diversificação. Essas movimentações apontam para uma tendência clara: construção de conglomerados financeiros mais robustos, digitais e preparados para atender às novas demandas do mercado PJ. A colaboração entre startups, fintechs, bancos e empresas de tecnologia torna-se uma via estratégica para acelerar a entrega de valor.
O cenário atual do crédito PJ no Brasil é mais do que promissor — ele é estratégico. Para as empresas que desejam crescer com solidez, digitalizar sua gestão financeira e ampliar sua presença no mercado, este é o momento ideal para investir, se adaptar às novas regras e se posicionar como protagonista nessa nova fase da economia.
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