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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 14,75% ao ano. A decisão foi anunciada nesta semana e leva a taxa ao maior patamar desde 2006. O aumento ocorre em meio a um cenário de inflação persistente, que acumula alta de 5,48% nos últimos 12 meses, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A medida tem como principal objetivo conter a escalada dos preços e tentar reancorar as expectativas inflacionárias. No entanto, o impacto do aumento da Selic vai além do controle da inflação: afeta diretamente o custo do crédito, reduz o poder de consumo da população e impõe um ritmo mais lento à atividade econômica.

Para o setor produtivo, o cenário é de maior cautela. Empresas que dependem de capital de giro enfrentarão custos mais altos para manter suas operações. Projetos de expansão poderão ser adiados, e os investimentos tendem a desacelerar. O consumo das famílias, por sua vez, tende a recuar diante das condições de crédito mais restritivas e do encarecimento geral do custo de vida. Isso pode gerar uma redução na demanda, afetando o faturamento de diversos setores e pressionando ainda mais a produção industrial. Outro dado que chama a atenção é o índice de inadimplência empresarial, que atingiu 11,27% no início de 2025. O número reforça a dificuldade de muitas companhias em manter suas obrigações financeiras em dia em um ambiente de crédito mais caro e menor liquidez. Pequenas e médias empresas, em especial, são as mais vulneráveis diante desse cenário.

Apesar das dificuldades, o Banco Central sinalizou que o atual ciclo de alta pode estar próximo do fim. A autoridade monetária indicou que os próximos ajustes devem ser mais brandos, o que pode abrir espaço para uma possível estabilização da taxa nos próximos meses. Essa perspectiva traz algum alívio e contribui para um planejamento financeiro mais previsível no médio prazo. Enquanto isso, especialistas recomendam que empresas adotem medidas de fortalecimento interno para enfrentar os efeitos da alta dos juros. Entre as ações sugeridas estão a revisão de custos operacionais, a renegociação de contratos, a gestão rigorosa do fluxo de caixa e a busca por parcerias financeiras mais estratégicas. Instituições que oferecem soluções personalizadas, combinando crédito estruturado com consultoria e tecnologia, podem se tornar aliadas importantes nesse processo.

O investimento em inovação também ganha destaque como forma de aumentar a competitividade e reduzir a dependência de fatores externos. O uso de ferramentas de gestão integradas e de inteligência de dados permite maior controle sobre receitas e despesas, além de melhorar a tomada de decisões em um ambiente volátil.

A elevação da Selic para 14,75% representa um dos maiores desafios recentes para a economia brasileira, mas também um ponto de inflexão. Empresas que conseguirem se adaptar com agilidade, reforçando sua estrutura financeira e otimizando sua operação, estarão mais bem posicionadas não apenas para atravessar o momento adverso, mas também para crescer de forma sustentável no médio e longo prazo.

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